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Mr. Golden Charlie é o espaço onde partilho o que faço com o meu cão Charlie e com as minhas gatas Milu e Marie. Seguimos as técnicas do treino de reforço progressivo e aqui encontram a prova de que através do reforço positivo qualquer cão ou gato pode ser ensinado por qualquer pessoa, independentemente da sua experiência.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ignorar as gatas - fase 3

Como tenho um cão que adora aprender coisas novas e uma gata comilona (ambos já super fãs do treino positivo) o treino para a sociabilização do Charlie com a Marie, e vice-versa, tem estado a ir de vento em popa!

Desta vez não tenho fotos nem vídeo, mas amanhã já teremos registos para comprovar a evolução mais esperada deste treino.

Recordemo-nos...


Objectivo do treino:
Ter o Charlie calmo na presença das duas gatas, sem lhes ladrar e sem as perseguir


Fase 3 - Oferecer momentos de calma, sem a trela posta


Ponto da situação:
I. Charlie e Marie
A Marie não tem medo nenhum do Charlie. Também já não mostra tanta curiosidade. E se isto pode ser visto como algo negativo, desenganem-se: o que pretendo é que um e outro se ignorem. Se um dia brincarem juntos até é algo que eu prefiro que não aconteça, porque o Charlie perde facilmente o controlo nas brincadeiras e tendo em conta a diferença de tamanhos é preferível que simplesmente se aceitem e que não andem em grandes aventuras juntos.
O Charlie consegue manter a calma a 100% quando está à trela: olha para a Marie e de seguida olha para mim e senta ou deita. Voluntariamente oferece estes comportamentos e procura de imediato um osso ou kong para se entreter, seguindo a sua vida normalmente.
Dado isto hoje avançamos para uma nova etapa do treino. Tirar a trela e deixá-los no mesmo espaço e à solta. Balanço: muito positivo. O Charlie não ofereceu "sentas" nem "deitas". Não procurou o osso nem o kong mas também não perseguiu a Marie, apesar das cambalhotas que ela dava dentro do vaso preferido dela (o treino foi no quintal) e dos pulos que deu pelas cadeiras, mesa e meu colo. O Charlie procurou-a mais, tentava cheirá-la de muito perto e ela ignorou. Recompensei as aproximações calmas e quando ele começava a exagerar a Marie afastava-se e eu chamava-o logo. Cliquei e recompensei o facto de ele vir ter comigo quando ela se afastava. Também foi possível sair da divisão por poucos segundos e voltar sem que ele estivesse a persegui-la ou atento a ela. Ficava concentrado em mim, esperando que eu voltasse. Vamos continuar várias sessões assim, com ambos na mesma divisão mas com o Charlie sem trela e com curtos momentos com a minha ausência (de modo a que seja um dia possível estarem os dois juntos por espaço maior de tempo sem haver problemas).

II. Charlie e Milu
Esta é a parte mais complicada do treino e onde menos avanços temos verificado... A Milu tem mesmo muito medo do Charlie e a aproximação deles é impraticável enquanto ela não ganhar confiança. Ela tem medo ao ponto de se esconder quando ele ladra mesmo que não estejam juntos... Ao ponto de ficar ansiosa quando a Marie está com o Charlie (logo que a Marie esteja longo do Charlie, vai buscá-la e lava-a de uma ponta a outra, protegendo-a e levando-a para o mais longe possível). Há algumas melhorias, ela consegue passar a correr pelo Charlie para sair do quintal e entrar em casa, por exemplo. Mas são casos muito raros. Achei melhor, dada a minha pouca experiência, avançar com a aproximação à Marie e depois avançar para o "caso bicudo". De qualquer modo a estratégia será ter os dois separados mas de modo a que a Milu veja o Charlie. E recompensá-la por ver o Charlie e não se esconder. A primeira dificuldade será encontrar uma recompensar que seja irresistível para a Milu, porque ela além de ser esquisita com a comida desde sempre (está lhe nos genes, só pode!) fica de tal forma ansiosa e amedrontada que recusa toda a comida desde patê, a queijo ou fiambre.

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